Quer novas amizades? Quer namorar? Então dê abertura para as pessoas se aproximarem!


Muitas pessoas se sentem sozinhas, desejando ter mais amizades, maior proximidade com a família ou então ter um namorado (a). Mas não percebem que não dão abertura para os outros se aproximarem. Não se “esforçam” para ir a eventos ou ir a grupos de pessoas que possam se interessar, não criando possibilidade para ter mais vínculos sociais. Inventam as suas desculpas e se justificam dizendo que estão sem dinheiro (sendo que muitas atividades não precisa gastar), que não vão gostar (antes de tentar)… Ao mesmo tempo em que a pessoa quer ter mais convívio, ela não investe tempo e não se dedica o suficiente para as suas amizades / família ou então para conhecer alguém. Não percebe que é ela quem se fecha para as relações, e por esse motivo ela permanece sentindo solidão.

Normalmente a pessoa tem essa dificuldade quando tem feridas emocionais, baixa autoestima, insegurança, ou ainda quando tem pouca habilidade para se relacionar. É comum a pessoa interpretar de forma negativa a forma que o outro a enxerga, acreditando que não estão querendo sair com ela ou não querem a sua presença. Ou então acredita que é um peixe fora d’água, que ninguém a entende e que não existem pessoas que pensam ou gostam das mesmas coisas que ela. Nesses casos são necessários alguns “ajustes” para a pessoa conseguir ter maior contato com os outros. É muito importante analisar quais são os pontos que precisam melhorar.

Reflita:

  • Será que entendo errado o que falam para mim? Sou desconfiada, achando que vão “passar rasteira” em mim?
  • Tenho medo de me aproximar dos outros? Penso que não gostarão da minha companhia? Ou sinto que eles terão inveja de mim, que me farão mal ou serei rejeitado?
  • Cobro demais e crio muitas expectativas sobre as minhas relações, achando que se as pessoas não me dizem sempre “sim”, não são boas amigas, bons familiares ou bom relacionamento amoroso? Caso pisem na bola uma vez (nada grave, coisa boba), significa que são pessoas horríveis?
  • Será que sou uma pessoa negativa e desagradável, sempre falando sobre tragédias e problemas? Fico alfinetando quem está próximo de mim? Afasto as pessoas com minha agressividade ou com os assuntos que falo?

É importante a pessoa analisar o que tem provocado esse “isolamento” para então poder fazer diferente. Isso cria possibilidades para se tornar mais assertiva, dando abertura e se tornando mais receptiva aos outros.

Com certeza a pessoa pode encontrar o seu espaço nesse mundo, em que ela possa fazer parte de um grupo, criando vínculos e amizades.

Dicas:

  • Pesquise, busque grupos e atividades que você pode ter afinidades, pode se interessar e  pode se sentir a vontade. Por exemplo, grupos de viagens, de atividade física, de empreendedorismo, religioso, dança, cursos, … Crie oportunidades para participar dos encontros, dando abertura para conhecer novas pessoas e atividades que te tragam bem estar de forma saudável.
  • Ao conversar com as pessoas, encontre o equilíbrio, em que possa falar de você, mas também possa escutar o que o outro diz, demonstrando interesse. Ou seja, pergunte para elas sobre as suas rotinas e os seus interesses. Durante a conversa, também fale sobre o seu dia a dia, dê abertura para as pessoas conhecerem você (pondere o que irá falar, nem 8 e nem 80, nem falar demais sobre si e nem guardar tudo sobre você como se fosse um cofre. A intimidade é criada aos poucos).
  • É natural que em alguns encontros você fale sobre as suas dificuldades e sobre os seus conflitos, mas é fundamental que também tenham conversas que você traga leveza, com assuntos descontraídos e divertidos. Isso fará com que as pessoas se sintam bem e a vontade ao seu lado, possibilitando outras saídas e encontros.
  • É melhor viver do que se esconder. Supere os seus medos e inseguranças e vá em direção daquilo que te trará energia! Responsabilize-se pelo seu bem estar. Os amigos, namorado (a) e família são fonte de carinho e apoio, mas eles não podem ser os responsáveis pela sua felicidade. Busque atividades prazerosas em que não precise sempre da companhia dos outros, em que você se sinta bem realizando sozinho.

É fundamental analisar quem são as pessoas que valem ou não a pena, e a partir disso fazer o movimento para cultivar as relações saudáveis. Investir em boas amizades é importante para a saúde física e mental da pessoa. É indicado o acompanhamento com o psicólogo quando a pessoa não consegue sozinha superar as suas dificuldades nas suas relações (OBS: ela pode ter essa dificuldade devido quadro de depressão, ansiedade, entre outros).

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