Algumas pessoas inseguras tentam agradar a todos, deixando de dizer o que elas querem ou não querem, não estabelecendo limites com aquilo que as fazem mal, machucam emocionalmente ou fisicamente. A pessoa não dá voz as suas vontades e desejos, deixando de lado quem ela “é”, perdendo assim o seu brilho e a sua essência, deixando que os outros digam o que ela deve gostar, fazer ou ser.
A pessoa tem essa postura mais “submissa” porque tem medo de ser rejeitada, excluída ou reprovada, acreditando que os outros não irão tolerar as suas opiniões ou oposições, desaprovarão os seus comportamentos, afastando-se dela. Ela acredita que se disser “não”, perderá o carinho e o olhar positivo daqueles que estão a sua volta.
Geralmente a própria pessoa se acha desinteressante, por isso tenta agradar a todos. A pessoa diz muitos “sim” porque acredita que receberá em troca aprovação, sendo “bem vista” e amada, tendo importância na vida do outro. Mas frequentemente o comportamento de “sempre” dizer “sim” pode levar os outros a enxergá-la também como alguém “sem graça”. Assim, quem convive com a pessoa pode se acomodar na relação, deixando de lado o respeito, a admiração e a dedicação por ela.
Ela se sobrecarrega de responsabilidades e problemas que não são seus. Torna-se vítima do seu próprio silêncio. Pode sentir que perdeu a sua própria identidade, pois de alguma forma acaba permitindo que os outros decidam o que ela quer, gosta, pensa ou fala. Ela se abandona quando deixa de dizer “não”. Esse comportamento pode a “matar” por dentro, perdendo o respeito por si mesma, deixando os outros invadirem a sua privacidade e o seu bem estar. Isso pode levar a sintomas de depressão, ansiedade, estresse… e assim, aumentar ainda mais a dificuldade dela expressar os seus desejos e emoções.
É interessante refletir:
A pessoa não percebe que não estabelecendo os seus limites e deixando de dizer “não” ela atrai aqueles que não vão a valorizar, e muitas vezes querem apenas explorá-la. Quem a ama mesmo e vale a pena, gostará dela por quem ela “é”, respeitando as suas vontades, aceitando os seus “defeitos” e se importando com os seus sentimentos e com aquilo que a faz bem.
Dicas:
Quando a pessoa não consegue fazer isso sozinha, é importante o acompanhamento com o psicólogo.
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