Meu namorado(a) não é carinhoso, como ele(a) pode melhorar? / Dicas para passar segurança para seu companheiro


Cada um tem o seu jeito de expressar o seu amor pelo namorado (a) ou esposo (a). Pode ser através da fala, dos gestos, da dedicação, …. o amor pode ser comunicado de várias maneiras, mas nem sempre o companheiro vai entender a demonstração de carinho do namorado (a) como algo positivo, pois ele pode ter aprendido a manifestar o amor dele de modo diferente, não reconhecendo o gesto de carinho do namorado (o). Também pode acontecer do companheiro não achar a demonstração de carinho do esposo (a) o suficiente. Essas questões podem gerar inseguranças e conflitos entre o casal.

É importante o casal sentar e conversar quando não conseguem identificar e interpretar os gestos de carinho do parceiro. Antes dessa conversa, cada um precisa se conhecer, entendendo e refletindo: “qual é o meu jeito de demonstrar o meu amor?” e também “qual a forma que eu gosto de receber o carinho?”. Por exemplo: abraçar, beijar, preparar uma comida, presentear, dizer o quanto gosta e ama, …

A partir dessas reflexões, o casal poderá dizer um ao outro de maneira objetiva e clara o que gostam e o que os fazem sentir seguros, esclarecendo e ajudando o namorado (a) a demonstrar o amor de forma que ele entenda (OBS: é necessário avaliar se o que está pedindo é algo razoável, sem exageros, saudável para ambos do casal, respeitando a individualidade de cada um).

Comunicar de forma positiva, como por exemplo:

  • ”Eu gostaria que você me elogiasse pelo menos 2 vezes na semana (elogios sinceros).”
  • ”Acho que estamos precisando ficar mais tempo juntos, poderíamos deixar um dia na semana para passearmos, só nós dois. Assim entenderei que você dedica um tempo para mim e isso me fará sentir amado (a)”
  • ”Sinto falta do seu olhar e do seu interesse por mim, sinto falta de conversarmos, de dizermos um ao outro sobre como foi o nosso dia. Poderíamos começar a jantar juntos e ter esse momento para aumentarmos a nossa conexão, dessa forma me sentirei mais seguro (a) na nossa relação.”

Assim o casal poderá chegar a um combinado do que é possível conforme a personalidade de cada um. Mas será preciso dedicação e paciência, pois nem sempre será apenas com uma conversa que as coisas ficarão bem esclarecidas e que o casal conseguirá fazer exatamente aquilo que combinaram. Às vezes será necessário lembrar e retomar alguns acordos. Normalmente também precisarão “dar tempo ao tempo” para as coisas fluírem e se tornarem mais naturais. Conforme forem regando a plantinha do amor, as coisas se tornarão mais fáceis e o casal terá mais proximidade.

É importante entender que a mudança será um processo. Desde criança a pessoa desenvolve o seu jeito de demonstrar amor pelos outros. Ela é influenciada pela sua família, amigos, cultura e características individuais.  Observa e aprende com os pais e com as pessoas próximas os comportamentos e sentimentos que simbolizam e representam o afeto. A pessoa absorve e internaliza esses conceitos do que são o amor e o carinho. Isso influencia quando ela se torna adulta, refletindo na forma que ela expressa o seu amor para o seu esposo (o) ou namorado (o). Para a pessoa conseguir mudar os seus comportamento precisará se dedicar e talvez levará um tempinho (não digo anos, mas talvez meses).

Para o casal conseguir superar os conflitos e inseguranças é muito importante duas coisa:

  • Primeira: Ambos estarem comprometidos com essas mudanças, tendo empatia com o companheiro, buscando compreender as suas necessidades.
  • Segundo: tanto um quanto o outro precisam dar abertura para o companheiro se aproximar e tentar melhorar o seu jeito de demonstrar o carinho.  Muitas vezes existem mágoas entre o casal, em que é comum um reclamar do outro, dizendo que o esposo (a) está distante, que não faz carinho e não elogia… Mas quando o companheiro se aproxima, acaba dando “patada”, fica desconfiado, perguntando “o que você está querendo?!” ou “o que você aprontou para estar querendo me agradar?!”. É comum a pessoa reclamar do distanciamento do companheiro, mas não dar abertura para o esposo (a) “chegar” perto e ser amoroso.

É indicado o acompanhamento com o psicólogo quando o casal não consegue ter uma comunicação saudável, brigando ou ficando distantes.

OBS: Infelizmente tem pessoas que demonstram o afeto de maneira negativa ou patológica, como por exemplo: demonstra o amor de forma agressiva, brigando, possessiva e ciumenta. Isso na verdade é violência, não é amor! Quem age dessa forma, ou quem convive com esse tipo de relacionamento abusivo, precisa de avaliação e tratamento psicológico.

 

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